A edição deste sábado do Jornal Nacional, da Rede Globo, destacou o atraso na construção do VLT, em Salvador. A obra é gestada pelo Governo do Estado da Bahia, que tem Jerônimo Rodrigues (PT) como governador. De acordo com a reportagem, os trens do subúrbio funcionaram até 2019, quando quando o governo do estado fechou contrato com um consórcio de duas empresas chinesas para a implantação de um novo sistema de transporte ferroviário na região. Mas esse projeto, orçado em R$ 1,5 bilhão em valores atualizados, não foi adiante. Mais de três anos depois da desativação do trem, os caminhos por onde passavam os trilhos continuam entregues ao mato e ao entulho.
O consórcio retirou os 14 km de trilhos. Segundo o governo da Bahia, a pandemia impediu a execução da obra do VLT, veículo leve sobre trilhos, pelo consórcio vencedor da primeira licitação. Depois, as empresas pediram um reajuste do contrato e um aumento do prazo de exploração do serviço – que o governo do estado não aceitou. Em novembro de 2023, o governo e as empresas chinesas rescindiram o contrato amigavelmente, e o estado abriu nova licitação para a execução das obras.
Agora, o VLT está orçado em quase R$ 3,7 bilhões, que irão sair dos cofres estaduais. Esse valor não inclui os trens. O argumento é que o novo sistema terá 36 km de extensão, quase o dobro do projeto anterior. Quando a estrutura estiver pronta, uma outra licitação será aberta para definir a empresa concessionária que irá operar o VLT.
A Skyrail Bahia afirmou que cumpriu a recomendação do governo do estado para rescindir de forma amigável o contrato para a construção do VLT. A empresa declarou também que a pandemia prejudicou as obras e todo o planejamento; e que, apesar do esforço do consórcio e do governo da Bahia, não seria possível continuar o projeto sem a renegociação dos valores do contrato.
Fonte/Reprodução: Se Ligue Bahia
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