País já registrou mais de 121 mil infecções e 113 mortes em 2025
Passados pouco mais de dez anos desde os primeiros registros no Brasil, a chikungunya segue como motivo de preocupação para autoridades e especialistas. Só em 2025, o país contabiliza 121.803 casos e 113 mortes até 17 de setembro, de acordo com o Ministério da Saúde.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também acendeu o alerta para a região. Até 9 de agosto, 14 países das Américas notificaram 212 mil casos suspeitos e 110 mortes, sendo mais de 97% deles concentrados na América do Sul.
O combate ao mosquito transmissor, os Aedes aegypti e Aedes albopictus, continua sendo um dos principais desafios, especialmente em áreas sem saneamento básico adequado. Desde a chegada do vírus, o Brasil já enfrentou ao menos sete grandes ondas epidêmicas.
Em abril, a Anvisa aprovou a primeira vacina contra a doença, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva. O imunizante utiliza uma versão viva e atenuada do vírus, indicada para maiores de 18 anos. No entanto, em agosto, a agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) suspendeu a licença após relatos de efeitos adversos graves, incluindo casos de encefalite, o que pode levar a uma reavaliação também no Brasil.
A chikungunya provoca febre, manchas vermelhas no corpo e fortes dores articulares, que podem se tornar crônicas e persistir por anos. A principal forma de prevenção segue sendo eliminar focos de água parada, locais onde o mosquito deposita seus ovos.
Se Ligue Bahia
Foto: Mohamed Nuzrath/Pixabay
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