Brasil descarta retaliação a tarifa dos EUA e aposta em via diplomática

Governo Lula sinaliza a empresários que não adotará a Lei de Reciprocidade, mesmo sem avanço nas negociações com os Estados Unidos até agosto


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a empresários, durante reunião nesta terça-feira (15), em Brasília, que não pretende aplicar a Lei de Reciprocidade em resposta ao tarifaço dos Estados Unidos, mesmo que as negociações bilaterais não avancem até o início de agosto — quando entra em vigor a nova alíquota de 50% sobre produtos brasileiros.

Segundo José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), a sinalização foi clara: “Em momento algum os ministros falaram sobre o uso da Lei de Reciprocidade. Nem mesmo aventaram essa possibilidade — o que consideramos positivo. Defendemos que, mesmo sem acordo até agosto, o Brasil não reaja com a lei, para evitar uma escalada imprevisível,” afirmou Velloso à CNN.

Durante a reunião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou entendimento de que o Brasil não deve intensificar o conflito com os Estados Unidos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou que o governo prioriza a negociação e a via diplomática.

“Se o Brasil retaliar e aplicar alíquotas altas, o comércio entre os dois países será inviabilizado. Isso pode levar à paralisação do comércio bilateral e até ao desinvestimento. Os ministros demonstraram estar conscientes disso”, completou Velloso.

Além de Haddad e Rui Costa, participaram da reunião os ministros Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Simone Tebet (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

Os empresários também destacaram que não há alternativas comerciais viáveis para os produtos atualmente exportados aos EUA.

“Se o Brasil retaliar e aplicar alíquotas altas, o comércio entre os dois países será inviabilizado. Isso pode levar à paralisação do comércio bilateral e até ao desinvestimento. Os ministros demonstraram estar conscientes disso”, completou Velloso.

Além de Haddad e Rui Costa, participaram da reunião os ministros Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Simone Tebet (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

Os empresários também destacaram que não há alternativas comerciais viáveis para os produtos atualmente exportados aos EUA.

CNN/Brasil

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